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I

27.06.13

 

 

Um dia passo a Direitos Reais. Hoje não foi o dia!

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Do Porto

25.06.13

Durante quatro anos, o Porto foi a minha segunda casa. Comecei-lhe por percorrer a entrada, por espreitar com curiosidade para todas as divisões, por me debruçar nas varandas pequeninas. Fui-lhe descobrindo outros recantos. Sem medo subi ao sótão e desci à cave. Habituei-me ao sotaque; aos palavrões que soam a bom-dia; às palavras mais rijas que nada mais são que de carinho; às trocas dos "v's" pelos "b's"; às pessoas. Invicta é, não apenas a cidade, mas as suas gentes. Invicta é a humildade e a hospitalidade, a força e a determinação de quem nunca lamenta. É o amor à cidade, ao futebol, à sua nação. Cidade nobre e leal, de gente nobre e leal. Têm nos corações ora o azul e branco do Futebol Clube do Porto ora um arco-íris por altura do S. João. Tem a boa disposição enraizada. A confiança e a facilidade com que se fala com quem vai à nossa "beira" (apanhei este vício por lá!) no metro, no autocarro, ou simplesmente com quem está à nossa frente na fila do supermercado. Somos todos filhos daquela cidade. De repente pedimos finos em vez de imperiais, natas em vez de pastéis de nata, bolinhos de bacalhau em vez de pastéis de bacalhau... Nestes quatro anos descobri que o Porto não é cidade escura e triste que pintam. O Porto tem cor, tem alegria, tem sorrisos largos e abraços reconfortantes. O Porto vai além da ribeira e da foz; além dos Aliados e de S. Bento. O Porto são as gentes que nunca nos deixam perdidos. É o cheiro a francesinha que se sente ainda antes de atravessar a ponte, é o doce paladar dos melhores vinhos do mundo. É a almofada em que muitas vezes me deitei a chorar quando queria desistir. E destes quatro anos fica a certeza de um dia lá voltar. De um dia lá voltar para ficar, para retribuir tudo aquilo que o Porto fez por mim. Para reviver as tardes passadas nos jardins do Palácio de Cristal a ver o Douro ou as noites quentes de Verão passadas no Piolho. Porque o Porto tem, seguramente, mais encanto na hora da despedida.

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D' A Promessa

21.06.13

Porque todos nós já falámos ao telemóvel enquanto conduzimos, já enviámos uma mensagem, ou lemos uma, ou simplesmente pegámos no telemóvel para ver as horas. Todos nós corremos um risco; todos nós colocámos alguém em risco... E se mesmo que não sejam pessoas de fazer promessas, abram uma excepção e façam esta! Não custa nada e pode salvar vidas! 


http://www.apromessa.org/

 

Das greves

20.06.13

Tive a sorte (ou não) de estudar num colégio semi-privado. Nunca me achei melhor nem pior que outros colegas meus que estudavam na escola pública, mas lembro-me de nunca, durante os sete anos em que lá estudei, ter ouvido a palavra "greve". Não que os professores não estivessem descontentes com o ensino, com o ministro da educação, com as leis da educação (ninguém está contente durante sete anos), mas naquela altura a greve não era uma "moda". Tive excelentes professores, pessoas de quem me orgulho e a quem muito devo grande parte daquilo que sou; pessoas que contribuíram para a minha formação intelectual e pessoal; pessoas que me passaram valores fundamentais, sobretudo justiça. Pergunto-me: qual é hoje o conceito de justiça para esses professores? A greve há muito que deixou de ser um meio de reivindicar os direitos. A greve é hoje um meio egoísta de chamar a atenção, um meio de vitimização e, pior, a greve é hoje boicote! Não sou contra o direito à greve. Sou contra a forma de greve que se pratica, e a greve dos professores é exemplo disso. Fazer greve no dia de um exame nacional (que só por coincidência é o exame que atinge todos os alunos do 12ºano) que pode condicionar a entrada de muitos alunos na universidade é o expoente máximo do ridículo em que caímos. A questão não é fazermo-nos ouvir, lutar por aquilo em que achamos justo, pegar nas armas e sair à rua. Não. Não foi isto que os professores pretenderam. O caminho seguido foi o mais fácil: pegar em alunos e transformá-los em verdadeiras cobaias de uma experiência que, em alguns casos, poderá resultar muito mal. Qual é o conceito de justiça para estes professores? Como pode, amanhã, um professor ser respeitado por parte dos alunos quando esse respeito não é mútuo? E se amanhã uma turma boicotar um teste invocando estar apenas a "exercer o seu direito à greve"? Há uma diferença entre exercer o direito à greve e boicotar; há uma diferença entre exercer o direito à greve e violar os direitos dos outros. Há, sobretudo, falta de brio profissional. É isto que me assusta. Saber que ali, à minha frente, durante os 90 minutos de uma aula está alguém que se "está nas tintas" para o meu futuro. Alguém que coloca os seus interesses pessoais e profissionais acima de tudo. É isto que me assusta. Saber que, um dia, os meus filhos serão uns "ratos de laboratório"; uns "seres" sem o direito a poder fazer um exame de forma digna.

Das tentativas

19.06.13

Se gostas dela: tenta. Tenta uma, duas, três vezes. Tenta depois de quase caíres; tenta depois de caíres e estás prestes a desistir porque os teus joelhos não aguentam mais uma queda. Tenta e lembra-te do olhar dela, do sorriso de felicidade dela, daquela vez que entraste de rompante no gabinete dela e lhe deste uma flor que apanhaste no jardim público do outro lado da rua. Se gostas mesmo dela, e eu sei que gostas, vai à luta! Mesmo que isso implique mais uns arranhões ou mais um olho negro. Mesmo que pareça que aquela é só mais uma rua sem saída, sabes que há sempre a hipótese de saltar o muro. Mesmo que ela te fale daquela pessoa nova que conheceu no outro dia. Se gostas mesmo dela só deves parar de tentar quando as tuas forças chegarem ao fim, e acredita que quando se gosta as forças são uma fonte inesgotável, qual energia do vento ou da água. Acorda e manda-lhe uma mensagem de bom dia, ou liga-lhe só para ouvir o som da sua respiração. É verdade! As mulheres gostam destes clichés: gostam de flores e de mensagens, de post-its colados no carro, de serenatas à porta de casa, de cartões com frases feitas, de comédias românticas... Se a encontrares na rua diz-lhe que está linda, mesmo que esteja com o saco do lixo numa mão e a coleira do cão na outra; mesmo que o cabelo esteja tão desalinhado que nem lhe consigas ver os olhos, ela está sempre linda aos teus olhos. As mulheres gostam disso e ela não é excepção. Se sentes que ela é a tal, por favor tenta! Tenta até que consigas ser a causa do sorriso que ela tem nos lábios, até seres a causa do brilhozinho dos seus olhos. Tenta até que ela diga às amigas: é ele!


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