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Eras-me tanto. Quase tudo. Ou tudo mesmo. Não sei. Sei. Eras-me tanto. E isso chegava. Chegavas-me tu. Só tu. Um complemento vital à sobrevivência humana. À minha sobrevivência. Eras-me tanto. Talvez não o soubesses. Mas eras. E continuas a ser. Desculpa. Não me eras tanto. És-me tanto.
Se gostas dela: tenta. Tenta uma, duas, três vezes. Tenta depois de quase caíres; tenta depois de caíres e estás prestes a desistir porque os teus joelhos não aguentam mais uma queda. Tenta e lembra-te do olhar dela, do sorriso de felicidade dela, daquela vez que entraste de rompante no gabinete dela e lhe deste uma flor que apanhaste no jardim público do outro lado da rua. Se gostas mesmo dela, e eu sei que gostas, vai à luta! Mesmo que isso implique mais uns arranhões ou mais um olho negro. Mesmo que pareça que aquela é só mais uma rua sem saída, sabes que há sempre a hipótese de saltar o muro. Mesmo que ela te fale daquela pessoa nova que conheceu no outro dia. Se gostas mesmo dela só deves parar de tentar quando as tuas forças chegarem ao fim, e acredita que quando se gosta as forças são uma fonte inesgotável, qual energia do vento ou da água. Acorda e manda-lhe uma mensagem de bom dia, ou liga-lhe só para ouvir o som da sua respiração. É verdade! As mulheres gostam destes clichés: gostam de flores e de mensagens, de post-its colados no carro, de serenatas à porta de casa, de cartões com frases feitas, de comédias românticas... Se a encontrares na rua diz-lhe que está linda, mesmo que esteja com o saco do lixo numa mão e a coleira do cão na outra; mesmo que o cabelo esteja tão desalinhado que nem lhe consigas ver os olhos, ela está sempre linda aos teus olhos. As mulheres gostam disso e ela não é excepção. Se sentes que ela é a tal, por favor tenta! Tenta até que consigas ser a causa do sorriso que ela tem nos lábios, até seres a causa do brilhozinho dos seus olhos. Tenta até que ela diga às amigas: é ele!